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Minha percepção sobre A Lista Negra

  • Bárbara Oliveira
  • 31 de dez. de 2015
  • 4 min de leitura

ITEM 2 DO DESAFIO CRÔNICA SEM EIRA-UM LIVRO COM MENOS DE 300 PÁGINAS

Valerie é uma adolescente que sofre bullying na escola, suas roupas pretas, sua maquiagem pesada, seu isolamento, essas coisas são o suficiente para atrair a atenção negativa de seus colegas que lhe colocam apelidos e quebram suas coisas, a situação conturbada com seus pais também é um fator com que ela tem que lidar, mas Val não se sente tão sozinha e incompreendida com seu namorado Nick que passa pelas mesmas coisas que ela. Para aliviar o peso e a raiva das ofensas que ouve todos os dias ela começa uma Lista com o nome das pessoas que a maltratam e das coisas que a incomoda, professores, alunos, celebridades, jogadas de cabelos entre outras coisas estão na Lista, e depois a compartilhou com Nick. Para ela era só uma brincadeira, algo para aliviar, mas para seu namorado significou o fim. O garoto pegou uma arma, entrou na escola e tentou matar todos que estava na Lista, até que Valerie para o tiroteio entrando na frente de uma das alunas, é baleada e Nick se mata. (NADA DISSO É SPOILER)

Essa é uma daquelas resenhas difíceis de se escrever. Primeiro quero dizer que foi uma montanha russa de sentimentos e confusões. Sim, eu fiquei bastante confusa ao longo da leitura, principalmente meu julgamento sobre as pessoas e suas atitudes, mas vou tentar externar tudo o que eu penso sobre.

Eu e várias outras pessoas chegamos até A Lista Negra através da Pam Gonçalves que fez

uma resenha bem emocionada e menciona bastante a história em seus vídeos,

além dela, para vir aqui conversar com vocês sobre esse assunto eu pesquisei em alguns blogs para me ajudar a organizar os pensamentos. O que eu pude perceber é que cada um tira dessa história algo diferente mesmo sendo um assunto "óbvio". Para alguém ele fala sobre imperfeições, para um outro alguém é sobre superação, outra pessoa aponta o bullying, e eu me surpreendi ao chegar na metade e ver que além disso tudo ele significou, para mim, consequências. Eu me peguei pensando muito nessa palavra enquanto o lia, e em como a vida de Valerie e de muitas outras famílias mudou por algo que se você pensar bem não passa de algo bobo, e foi assim que eu percebi o quanto estamos sujeitos a passar por isso, exatamente dessa forma trágica e exatamente por algo banal. Eu ficava pensando nas coisas que eu já fiz, nos erros que já cometi, coisas bestas, mas em como poderiam ter sido evitado com um pouco de percepção da minha parte. Resumindo você se coloca no lugar da protagonista e percebe que você em algum momento poderia ter feito algo que não pareceu tão importante na hora mas que acaba se tornando uma tempestade.

Eu pensei muito na minha família, e na família de Valerie, foi outra coisa curiosa que o livro me despertou, em como a nossa família é afetada por nossas escolhas.

Primeiro eu não sabia se odiava Nick pelo que ele fez, é tão fácil você atribui qualquer sentimento desagradável à alguém que tirou tantas vidas e destruiu tantas outras, mas é difícil você sentir isso por alguém quando você lê sobre como ele era carinhoso, romântico e gentil. E tem a Valerie que de início você acha completamente injusto algumas pessoas culpá-la mas ao longo da história você vê que é fácil chamá-la de cúmplice pelas idiotices que ela fez, mas ao mesmo tempo, eram só idiotices adolescentes. Viu por quê fiquei confusa?

Os pais de Valerie foi outro fator muito importante na história, lembra que falei em família ali em cima, foi algo muito chamativo para mim. Esse foi o ápice realístico da história. É aqui que você enxerga a imperfeição das pessoas. É de se esperar que os pais da protagonista ficassem ao seu lado e a apoiassem, ajudassem mas na verdade eles a culpam, principalmente seu pai que age de uma forma que me partiu o coração, a mãe dela no final a ama e a protege, apesar de proteger o mundo dela também.

Durante a leitura eu me peguei pensando na gravidade das coisas, eu fiquei até um pouco assustada ao perceber que as ofensas que esses jovens sofriam não eram dignas de tanto alarde, muito menos de um massacre, não é uma conclusão nobre de se chegar, mas estou aqui para ser sincera.

O livro é muito disso, reflexão, percepção, pontos de vista, dos leitores e dos personagens, é também sobre superar traumas e redescobrir quem você é no meio do caos. É sobre se perder, sobre querer se achar em alguém, é sobre se colocar no lugar das pessoas, é sobre perdão e sobre coisas que não merecem perdão, no fim é sobre pessoas reais.

A Lista Negra tem uma boa narrativa, é fácil e rápido de ler seus capítulos curtinhos, e o mais legal é participar do amadurecimento exponencial de Val ao longo da história.

Foi um bom livro, foi uma leitura importante, mas eu tenho que admitir que minhas expectativas estava muito altas e talvez eu tenha me decepcionado um pouco com o início, do meio pro final foi bem emocionante, mas eu esperava uma carga emocional muito maior em cima da tragédia e da saga de Val na ala psiquiátrica, também gostei muito de ter conhecido mais sobre as vítimas da tragédia.

É isso pessoal, espero que tenham gostado, aproveitem o ano novo e as férias, até nosso próximo papo literário.

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